MEDIDA CAUTELAR

Colégio mineiro toma medida contra alunos que criaram 'nudes por IA'

Estudantes usaram inteligência artificial para criar imagens falsas de alunas nuas, que circulam em grupos da escola e em fóruns do Telegram

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Após denúncias de que estudantes teriam utilizado inteligência artificial (IA) para criar imagens falsas em que alunas aparecem nuas, o Colégio Santa Maria, unidade do Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, informou, em nota, que os envolvidos foram orientados a não frequentar a escola desde a última quarta-feira (4/6), como medida cautelar. A instituição também comunicou formalmente o caso ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público.

Os possíveis crimes vieram a público nessa terça-feira (3/6). De acordo com relatos divulgados nas redes sociais, estudantes utilizam inteligência artificial para criar imagens de alunas nuas há mais de um ano. As fotos falsas circulam em grupos da escola e em fóruns do Telegram.

Pelo TikTok, uma jovem de 21 anos denunciou o caso e detalhou como ocorria a divulgação das imagens falsas. Segundo ela, grupos foram criados no Telegram e no WhatsApp para compartilhar fotos manipuladas por inteligência artificial. As imagens eram associadas aos nomes das alunas, identificando-as como estudantes do Colégio Santa Maria. Ainda de acordo com a denúncia, os autores das montagens eram colegas de escola das vítimas e tiveram o às fotos originais dentro do ambiente escolar ou as retiraram das redes sociais.

Além disso, a jovem afirma que as alunas vítimas das fotos falsas eram coagidas na escola e "feitas de chacota". “Os meninos que fizeram isso (as fotos falsas) riem dessas meninas no corredor, andam atrás delas nos corredores. Essas meninas tem que apagar as fotos delas no Instagram, porque eles vão no perfil delas para pegar uma foto delas de roupa e transformar numa foto delas sem roupa”, declara.

O colégio diz que as atividades escolares acontecem normalmente. "O Colégio Santa Maria Minas reitera sua não tolerância em relação a atos que atentem contra a honra e a moral de qualquer pessoa e reafirma sua confiança na pronta atuação dos órgãos competentes e no devido processo legal, solicitando à toda a comunidade escolar a manter a serenidade e a evitar o compartilhamento de especulações e informações sem fundamento", finaliza a nota.

Medidas tomadas

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi acionado pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A parlamentar também enviou um ofício à direção do colégio, solicitando informações sobre o caso e questionando quais medidas foram tomadas para responsabilizar os suspeitos pela produção, divulgação e compartilhamento do material.

Na denúncia ao MPMG, a deputada solicitou "urgente apuração e responsabilização dos agentes pelo registro, divulgação e manipulação criminosa das imagens e proteção e acolhimento às alunas alvos desta exposição indevida e suas famílias, conforme proteção prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente".

Em nota, enviada à reportagem, o MPMG afirmou que a promotoria com atribuição para atuar no caso está analisando as denúncias. Além disso, o órgão reforçou que está “comprometido com a apuração rigorosa dos fatos”.

Desde que as denúncias vieram à tona, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou um inquérito para investigar a origem das imagens. A delegada Larissa Mayerhofer, chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente da PCMG, afirma que, assim que alguns pais compareceram à unidade policial, uma ocorrência foi registrada.

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“De imediato, as investigações se iniciaram de forma sigilosa buscando preservar a integridade das pessoas envolvidas. Fica também o alerta para os pais que caso tomem conhecimento, através de seus filhos, de fatos semelhantes envolvendo uso indevido de suas imagens para que façam o devido acolhimento e compareçam à unidade policial”.

A corporação orienta que possíveis vítimas procurem a Delegacia de Atos Infracionais, localizada na Rua Rio Grande do Sul, 661, no Bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul, para registrar denúncia.

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