OLHOS ABERTOS

Glaucoma: perda de visão periférica pode ser o primeiro sinal da doença

Doença ocular silenciosa afeta o nervo óptico e pode evoluir sem sintomas até estágios avançados

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O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo e configura um sério desafio para a saúde no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a doença pode afetar 2,5 milhões de brasileiros com mais de 40 anos. Por ser uma condição sem sintomas perceptíveis nas fases iniciais, estima-se que cerca de 70% das pessoas com glaucoma desconhecem o próprio diagnóstico.

De acordo com Heloisa Maestrini, coordenadora do Departamento de Glaucoma do Oculare Hospital de Oftalmologia, a doença ocular é caracterizada pela degeneração progressiva do nervo óptico, geralmente associada ao aumento da pressão intraocular. “Dentro do nosso olho, há um líquido chamado humor aquoso, que é constantemente produzido e drenado. Quando esse líquido não escoa corretamente, a pressão dentro do olho aumenta. Com o tempo, essa pressão elevada comprime o nervo óptico, prejudicando seu funcionamento. Isso interrompe a comunicação entre o olho e o cérebro”, explica a médica.

A visão periférica (lateral) é a primeira a ser afetada. A pessoa não percebe nada nos estágios iniciais, pois ainda enxerga bem no centro. À medida que a condição se agrava, a visão vai se fechando como um ‘túnel’ até que, sem tratamento, pode ocorrer a perda total da visão. “Embora o glaucoma seja conhecido por seu início silencioso, existem sinais que indicam sua presença logo no início. É importante estar atento às atividades cotidianas que exigem visão periférica, como dirigir, subir escadas, ler ou caminhar com segurança. Ao perceber dificuldades nessas tarefas, pode ser um alerta de que a visão está sendo comprometida pela doença. Uma vez que o nervo óptico é danificado, o campo visual perdido não pode ser recuperado”, explica.

Tratamento

Mesmo que não haja cura para a doença, o tratamento adequado tem a possibilidade de preservar a visão ao longo da vida. É possível utilizar colírios que reduzem a produção ou aumentam a drenagem do humor aquoso. Já a medicação oral, se receitada pelo médico, pode diminuir a pressão intraocular. Quando os dois primeiros métodos não produzem efeito, é possível o oftalmologista recorrer a tratamentos a laser, que permitem um melhor fluxo do humor aquoso. E, por último, procedimentos cirúrgicos que criam uma nova via de drenagem para o líquido e reduzem a pressão intraocular.

Diagnóstico precoce pode decisivo e evitar a cegueira

A incidência do glaucoma aumenta progressivamente com a idade, sendo mais comum em pessoas com histórico familiar da doença, diabetes ou miopia. É recomendado que pessoas acima de 40 anos façam exames preventivos, como a tonometria (que mede a pressão intraocular), o mapeamento de retina e a campimetria visual, que avalia o campo de visão do paciente. Esses exames são fundamentais para identificar alterações antes que ocorram danos irreversíveis à visão.

“Um dos maiores desafios enfrentados pelos profissionais de saúde é alcançar o paciente a tempo de diagnosticar o glaucoma, antes que ele cause danos irreversíveis à visão. Por isso, a conscientização da população é a estratégia mais adequada para mudar esse cenário. Quando as pessoas entendem a gravidade da doença ocular e a importância do diagnóstico precoce, aumentam-se as chances de preservar a visão e garantir qualidade de vida.”

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