Um caso suspeito de mpox, a varíola de macacos, é investigado pela Secretaria de Saúde de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. A informação foi confirmada pela Prefeitura da cidade nesta sexta-feira (6).

De acordo com o Executivo municipal, a Vigilância Epidemiológica acompanha a situação e já tomou todas as medidas necessárias, conforme os protocolos da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) e do Ministério da Saúde.

A pessoa com suspeita está em isolamento e sendo monitorada pelas equipes de saúde. A pasta não divulgou outras informações sobre a pessoa, mas a Escola Estadual Maurilo de Jesus Peixoto confirmou que se trata de uma aluna que viajou e esteve em contato com uma pessoa contaminada.

Em nota, a instituição informou que a aluna apresenta sintomas leves da doença e que ela segue em isolamento. A escola também pediu para que as pessoas “sigam sem alerta”, mas que acompanhem possíveis sintomas.

“Caso apareçam sintomas, orientamos que procurem imediatamente atendimento médico, pois é necessário fazer o exame para confirmar ou descartar a doença e comunicar imediatamente a escola”, diz a nota.

A prefeitura reforça que ainda se trata de uma suspeita, sem confirmação. A doença não tem transmissão significativa no estado desde o final de 2022 e, em Sete Lagoas, não há casos confirmados desde outubro de 2023.

A reportagem do Estado de Minas procurou a SES-MG e aguarda retorno.

Mpox

A mpox, anteriormente conhecida como monkeypox ou varíola dos macacos, emergiu como uma nova preocupação de saúde pública global, principalmente em países africanos, como a República Democrática do Congo. A mpox é causada pelo vírus monkeypox, pertencente ao grupo Orthopoxvirus, o mesmo da varíola humana. Embora a doença seja zoonótica, transmitida de animais para humanos, o atual surto demonstra que a transmissão entre pessoas é uma ameaça real, especialmente em ambientes de contato próximo.

As manifestações da mpox geralmente se iniciam após um período de incubação que varia de seis a 21 dias, com sinais e sintomas leves. Porém, algumas pessoas, especialmente aquelas com imunossupressão, podem desenvolver formas graves. A manifestação cutânea típica é o surgimento de pápulas e vesículas, precedido ou não de febre e de linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.

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As erupções podem acometer regiões como face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal. O período de doença varia de duas a quatro semanas e, apesar de a maioria dos casos serem leves, complicações como infecções secundárias, pneumonia e encefalite podem ocorrer. O monitoramento médico é essencial para tratar e prevenir complicações, especialmente em grupos vulneráveis como crianças, gestantes e pessoas imunocomprometidas.

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