Pagamentos por Pix vão dominar o e-commerce? Veja o que diz esse estudo
Estudo 'Guia de expansão global para mercados de alto crescimento' faz uma análise sobre o cenário
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Siga noO pagamento via Pix está prestes a protagonizar o eixo das compras on-line no Brasil. Segundo um levantamento da fintech canadense Nuvei, o sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central deve representar mais da metade das transações no e-commerce nacional até 2027, superando com folga o cartão de crédito, que ficará com cerca de 27% da participação.
Os dados fazem parte do estudo "Guia de expansão global para mercados de alto crescimento" e apontam uma mudança de paradigma no comportamento do consumidor digital brasileiro. Só em 2024, o Pix já foi responsável por 40% das compras on-line, consolidando-se como uma solução ágil, prática e sem custos para o consumidor - vantagens que têm impulsionado sua adesão, especialmente entre pessoas com o aos serviços bancários tradicionais.
Além disso, inovações recentes prometem acelerar ainda mais essa virada. Em fevereiro de 2025, o Banco Central liberou o uso do Pix por aproximação, que permite pagamentos apenas com a aproximação do celular, em uma experiência semelhante à dos cartões por aproximação. A medida busca tornar as transações mais rápidas e intuitivas, ampliando o uso do Pix também em ambientes presenciais e híbridos de compra.
Outro recurso que tem ganhado força é o Pix por Iniciação, que permite ao consumidor finalizar o pagamento diretamente no site ou aplicativo da loja, sem precisar sair do ambiente de compra. A novidade promete simplificar o checkout e, segundo especialistas, tem potencial para aumentar significativamente a taxa de conversão no e-commerce, principalmente em transações via dispositivos móveis.
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Enquanto o Pix avança, outros meios de pagamento perdem espaço. As carteiras digitais, que responderam por 7% das compras online em 2024, devem cair para 6% até 2027. O boleto bancário também segue em queda, ando de 8% para 5% no mesmo intervalo.
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Para Rebecca Fischer, co-fundadora e CSO (Chief Strategy Officer) da Divibank, essas mudanças refletem uma adaptação rápida e crescente dos consumidores às novas tecnologias financeiras: "A preferência pelo Pix mostra como o consumidor brasileiro está priorizando soluções mais eficientes e íveis. Essa transformação no comportamento de compra digital deve continuar, com impactos relevantes para o varejo e para o mercado financeiro como um todo".
"Nas compras realizadas em lojas digitais, 44% das transações do comércio digital serão via pix", continua. "Já se tornou uma realidade o Pix ser o pagamento mais ofertado. Além disso, quase 50% das lojas dão algum desconto nessa forma de pagamento, incentivando o consumidor a utilizá-la. Isso acontece devido ao Pix ser uma alternativa barata, umas vez que os pagamentos via cartão de crédito, por exemplo, consomem um pouco da receita do lojista".